Um professor de luta de um projeto social em Betim, foi preso na segunda-feira (18) por estuprar uma aluna de 12 anos. O autor, de 47, atuava como voluntário na associação do bairro Jardim Petrópolis e exercia função pública na Câmara Municipal da cidade.
Segundo Patrícia Godoy, delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Betim, a associação oferece modalidades esportivas aos moradores do bairro. A vítima é uma das beneficiárias do projeto.
O professor teria atraído a criança para o espaço da associação, que estava fechado no momento. Como o homem tinha acesso às chaves, ele levou a menina até o local com o pretexto de olhar um kimono - roupa usada para a prática de artes marciais, como judô e jiu-jitsu - para ela.
Chegando lá, o professor começou a acariciar a aluna, mesmo após ela resistir e pedir para que ele parasse. O homem insistiu até consumar o estupro. A criança contou o que havia acontecido para pessoas próximas. Segundo o relato, ela fechou os olhos e começou a chorar no momento do crime.
O caso aconteceu no dia 27 de agosto e a denúncia chegou à polícia no dia 1° de setembro. A polícia soube do caso após a mãe da criança procurar uma delegacia.
O autor foi preso preventivamente e irá responder por estupro de vulnerável, crime cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão. Ao ser levado para a delegacia, ele se manteve em silêncio.
De acordo com a delegada, o homem não tinha antecedentes criminais, apesar de ter contato constante com crianças. Por isso, a polícia não descarta que possa haver outras vítimas.
“O que mais espanta nesse caso é justamente o fato dele ter uma reputação aparentemente inquestionável. Além de ser voluntário na associação, ele é professor de educação física em uma escola particular, e é também assessor de um vereador reeleito para a Câmara Municipal de Betim. Ou seja, é alguém que tem contato frequente e constante com menores”, disse Godoy.