As pessoas costumam ir à padaria para comprar pão. Mas, em um bairro de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os moradores vão à padaria também para buscar cartas. Os Parceiros do MGTV mostram, nesta quarta-feira (16), esse lugar onde a padaria atua também como caixa postal e onde a comunidade questiona a ausência do serviço de entrega domiciliar de correspondência.
No bairro Residencial Lagoa, receber e pagar contas não é algo normal no dia a dia dos moradores. O pessoal aguarda ansiosamente pela visita dos Correios e pela chegada das cartas, que são colocadas em uma caixa coletora localizada em uma padaria. Se alguém quer receber as correspondências, deve pagar uma taxa semestral ou anual para ter direito a uma das caixas. Além disso, as correspondências não são distribuídas por carteiros, cada um deve ir buscar a sua.
Cada caixa pertence a uma casa do bairro, mas como a população da região aumentou, não há mais caixa postal para todos. Segundo um dos moradores, quando solicitaram o serviço aos correios, alegaram erros nas certidões e nas placas das casas. “Fica o meu questionamento junto aos Correios. Eles foram criados para atender as comunidades ou qual outra finalidade?”, questiona o professor Geraldo de Jesus. Ele afirma ter pago R$ 68, neste ano, para ter direito à caixa.
Em nota, os Correios informaram que o bairro Residencial Lagoa já está incluído no processo de criação de distritos para implantação do serviço domiciliar. O atendimento ainda depende de cadastro no sistema interno dos correios, criação de códigos de endereçamento postal, levantamento de carga de trabalhos e autorização do governo federal para a contratação do serviço. A previsão é que todo o processo esteja concluído em quatro meses.