Ginastas sem apoio da prefeitura

A falta de apoio da Secretaria de Esportes de Betim, a praticamente todas as modalidades esportivas tem provocado uma revolta geral. Desportistas ligados ao jiu-jítsu, tae-kwondo, vôlei e futsal já demonstraram o seu descontentamento com a falta de estrutura e de recursos para as suas atividades. Agora, pais de atletas da ginástica rítmica denunciam a falta de atenção da Secretaria de Esportes.

Pai da ginasta Maysa Viana, de 10 anos, o policial militar Diego Sulivan, de 27, reclama que a filha irá participar do Torneio Nacional de Ginástica Rítmica, em outubro, em São Luiz, no Maranhão, sem nenhum apoio da prefeitura.

“O descaso já foi sentido durante a disputa do Torneio Regional, em agosto, na cidade de Aparecida do Norte, no interior de São Paulo. Na ocasião, com muita insistência dos pais, o secretário Beto do Depósito liberou apenas o transporte. Outras despesas, como inscrição, estadia e alimentação foram custeadas pelos pais. Das 13 ginastas que disputaram o regional, três conseguiram vaga no evento nacional. Agora, a Secretaria de Esportes já informou que não vai dar nenhum tipo de apoio”, conta Sulivan.

Com a ajuda das professoras de ginástica rítmica do programa Viva o Esporte, os pais estão tentando viabilizar a compra de passagens aéreas para as três ginastas betinenses. “As treinadoras são muito atenciosas e excelentes profissionais e estão fazendo de tudo para nos apoiar, tanto que viajarão para o Maranhão bancando as despesas do próprio bolso”.

Mais reclamações
Um torneio nacional de jiu-jítsu, que reuniria cerca de 1.000 lutadores, foi transferido de Betim para Belo Horizonte por uma confusão da Secretaria de Esportes de Betim, segundo o professor da equipe Leão Dourado de Jiu-Jítsu, Sérgio Santiago. “Eles marcaram um campeonato de handebol na mesma data”, disse.

A mãe de um aluno da escolinha de tae-kwondo, também integrante do programa Viva o Esporte, reclamou da falta de estrutura para a prática do esporte. “Eles cedem o Ginásio Poliesportivo Divino Braga para tantos eventos, que acabam relegando o esporte para o segundo plano”, revelou a mãe de aluno, que pediu anonimato.

Dívidas com taxas de arbitragem no valor de R$ 11.000 também comprometeram a participação de quatro equipes de futsal em torneios promovidos pela Federação Mineira de Futsal. A falta de pagamento provocou perda de pontos e a consequente eliminação dos times.

A Prefeitura de Betim informou que, em decorrência da situação financeira e orçamentária do município, planos de contingenciamento estão sendo realizados e, por conta disso, a Secretaria de Esportes vai arcar, temporariamente, apenas com competições no próprio município.

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